A psicóloga Fernanda Reis fala sobre a psiconeuroimulogista

A psicóloga Fernanda Reis fala sobre a psiconeuroimulogista

Bacharel em psicologia e com treinamento em psicologia hospitalar, a psiconeuroimulogista Fernanda Reis inaugura sei espaço na Folha da Laranjeira e fala sobre a importância desta nova vertente.

O Interesse pela formação veio a partir do desejo de entender o ser humano de uma forma geral e não apenas psicológica, uma vez que ele não é composto só de emoções e seu corpo interage com o meio.


 - Muitas vezes, o corpo adoece e o paciente vai ao médico, faz exames e nada é diagnosticado. Esta é a hora de buscar uma ajuda psicológica, porque o corpo está dizendo que esta pessoa não está bem em algum aspecto, seja por alguma dificuldade de relacionamento ou de se colocar profissionalmente.


Há 21 anos com consultório na área do Largo do Machado e com pacientes de várias parte da cidade, Fernanda Reis explica que a psiconeuroimulogia é um conceito de saúde integrada, em que o conhecimento passa pelas saúdes física, mental e espiritual. Ela cita como exemplos importantes o fato de pessoas que têm dificuldades de relacionamento e convívio social desenvolverem, comumente, um quadro alérgico – ainda que isto não seja uma regra. O câncer e a depressão também são significativos, pois pessoas reprimidas e que guardam mágoas têm mais facilidades no desenvolvimento destas doenças.


-          Quando fazemos um levantamento emocional da pessoa que tem a doença, é comum que ela tenha um histórico de perdas, de ressentimentos e de depressão bastante enraizada.
A  psiconeuroimulogista quer desfazer o mito de que a terapia é um processo muito longo, como a maior parte das pessoas pensa.
-          A terapia não precisa ser algo com a qual se gasta muito tempo e dinheiro. Eu trabalho focando o presente e certas questões podem ser solucionadas até a curto prazo. A linha com a qual trabalho, a existencial humanista, é diferente da psicanálise.  Ela se propõe a trabalhar as escolhas e responsabilidades do presente e não o passado.



O estresse e a vida nas grandes cidades.


Fernanda Reis acredita que a qualidade de vida do ser humano no meio urbano vem ficando cada vez pior. As fobias têm um peso muito grande sobre o indivíduo e a qualidade da alimentação, do que se ouve, se vê e se lê é muito ruim. Por isso, as técnicas utilizadas com seus pacientes incluem a audição de boa música para relaxar e a visualização de boas coisas.


-          O paciente passa por uma reeducação, uma oportunidade, em um espaço terapêutico, poder clarear e ordenar seus pensamentos e limpar a mente e os ouvidos.
Sensação de desconforto no batimento cardíaco, constipação, dor de cabeça e dificuldades digestivas são queixas comuns dos pacientes e podem se tornar crônicas. Surgem, assim, as medidas paliativas, como o consumo de analgésicos, quando na verdade , há algo mais profundo que causa aquele desconforto. A psicoterapia ajuda a identificar as causas e orienta as pessoas a enfrentar estas situações através de conversas e exercícios.
-          O terapeuta existencial interage com o paciente e conversa muito. Esta linha da terapia acredita no presente, na troca e nas escolhas – finaliza Fernanda Reis.

Folha da Laranjeira – Abril/Maio 2008 – Nº 225

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