Vivemos num planeta material de rara beleza e extrema densidade. Precisamos, pois, cuidar da matéria e do espírito. O Alimento Universal busca o equilíbrio do ser humano permitindo à luz do sol girar nossas vidas – sol gira, gira sol, girassol.

Oferecemos alimentos integrais e orgânicos que nutrem nosso corpo físico. Partilhamos rodas de Danças da Paz Universal que sustentam e vivificam nossa alma imortal.

O casamento da matéria com o espírito leva o homem a encontrar-se consigo próprio, unificando corpo e alma. Guiados por uma força maior, que vem do alto, seguimos “Dançando e Caminhando”, “Meditando e Respirando”, “Comendo e Rezando”.

Alimento para a Alma

Danças da Paz Universal – Denise Bloise





          As Danças da Paz Universal são danças meditativas em roda criadas pelo judeu norte-americano, Samuel Lewis, Mestre Sufi. fundador da Ordem Sufi Islamica Ruhaniat Society, cujo nome significa O Caminhar da Paz através da Respiração.  Esse trabalho teve início na década de 60 e atualmente vem sendo difundido em todo o mundo através da Rede Internacional das Danças da Paz Universal, fundada em 1982. Samuel pretendia construir um caminho espiritual onde todos pudéssemos "comer, rezar e dançar juntos", como ele dizia.
Samuel Lewis (1896 – 1971) foi discípulo de Hazrat Inayat Khan (1882-1927), Mestre que trouxe o Sufismo para o mundo ocidental, tarefa que recebeu de seu mestre no leito de morte. Inayat Khan, indiano de família muçulmana, músico ligado, desde cedo, a todas as tradições na Índia, percebeu que não fazia sentido mudar a religião das pessoas, mas sim reverenciá-las. A linhagem à qual pertencia, a dos Músicos e Poetas, transmitia a Mensagem Sufi do Amor, Harmonia e Beleza, por meio da arte. O trabalho com as Danças da Paz Universal nasce, portanto, desse sentimento de respeito e reverência a todas as tradições, com o objetivo de homenageá-las. Samuel Lewis realizou seus estudos de dança com Ruth St. Denis, umas das pioneiras da dança moderna na América e na Europa.
    Essas danças são meditativas, realizadas em roda, com movimentos simples e alegres; trabalham a respiração, com mantras (frases sagradas), cantos e músicas das mais variadas tradições. Proporcionam, além da vivência do sentido de comunhão, do trabalho e do crescimento grupal, o desenvolvimento pessoal, a transformação da consciência e o equilíbrio interno. São igualmente chamadas de Dança-Meditação. As Danças da Paz Universal produzem efeitos nas crianças, jovens, adultos e pessoas de todas as idades.
    Através das danças ocorre o desenvolvimento da coordenação motora, da consciência corporal e da coordenação corpo-mente. Nas danças o movimento, o gesto, a fala e o pensamento estão interligados. Acontece uma combinação da voz com o movimento que produz harmonia, a qual é desenvolvida e aprendida com o tempo. A harmonia é um processo de construção. Para encontrar o equilíbrio é necessário sentir o poder do corpo. Os ritmos de grande potência produzem harmonia, pois liberam, destravam e desbloqueiam a energia. O grande desafio é combinar harmonia com energia.
    Numa roda de danças, a coordenação dos gestos é o primeiro passo da consciência de grupo. Depois acrescentamos a voz, coordenando corpo e voz, como fazemos nas danças cantadas. Em terceiro lugar entra a mente ativa. Chega o momento de sincronizar corpo (gestos), voz (fala) e mente, equilibrando os centros energéticos: centros de movimento, emoção e pensamento.

    As Danças da Paz Universal abarcam a sabedoria ancestral de todas as culturas e tradições. Têm um papel harmonizador, sendo parte integrante do patrimônio cultural de sociedades tradicionais. 





Temos como inspiracões para alma uma das nove musas de Apolo, Terpsícore, que em grego significa "a que rodopia"  ou a "delícia do movimento". Entre as virtudes das musas, ela representa a dança. Carrega uma lira nas mãos para criar o som e gerar movimento. É a mãe das sereias que com os seus corpos fazem as ondas do mar, ora calmas, ora sedutoras e tempestivas.
Todos nós somos Terpsícore de ALMA.




Labirinto – Jorge Luis Borges*
Labirinto
Não haverá nunca uma porta. Estás dentro
E o alcácer abarca o universo
E não tem nem anverso nem reverso
Nem externo muro nem secreto centro.
Não esperes que o rigor de teu caminho
Que teimosamente se bifurca em outro,
Que obstinadamente se bifurca em outro,
Tenha fim. É de ferro teu destino
Como teu juiz. Não aguardes a investida
Do touro que é um homem e cuja estranha
Forma plural dá horror à maranha
De interminável pedra entretecida.
Não existe. Nada esperes. Nem sequer
No negro crepúsculo a fera.
*Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo foi um grande escritor, poeta, tradutor e crítico literário argentino. Nasceu em Buenos Aires, em 24.08.1899 e faleceu em Genbra em 14.06.1986. Sua obra abrange o "caos que governa o mundo e o caráter de irrealidade em toda a literatura". Borges, foi ficando ao longo da vida, mas nem por isso parou de escrever.
Queremos deixar aqui registrada nossa homenagem a esse grande poeta, escritor e homem que Borges foi e sempre será.